XVII.
ainda acho que você trouxe pouca pinga, azevedo. você acha
duas garrafas pouco? essa pescaria nem vai durar o dia inteiro, final da tarde
a gente já está de volta. você sozinho toma uma garrafa antes do meio-dia,
azevedo. quando os de casa me acordaram cedo me avisando que os amigos da
birosca me aguardavam no portão, eu amaldiçoei mil vezes a hora em que
concordei em ir pescar com eles. nem vai tomar café direito, tio? só um café
puro tá bom, eles estão levando pão e mortadela. volta pro almoço? não me
esperem. eu já adiantava uns dez passos deles, enquanto ficavam para trás
discutindo sobre a quantidade de pinga. ou vocês três aceleram ou os peixes já
estarão tirando a soneca da tarde quando chegarmos ao rio. calma, homem!
estamos discutindo uma questão muito séria aqui. deixem o pobre do azevedo em
paz! eu trouxe mais uma garrafa de pinga. ah, agora é pobre do azevedo, né? só
porque ele te escreveu um poema com direito a beijinho no rosto?
Para ler o restante, adquira o livro Diário dos vivos e outros escritos, publicado pela Editora Penalux, set. 2019, no site a seguir:
https://www.editorapenalux.com.br/loja/contos/diario-dos-vivos-e-outros-escritos
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