domingo, 14 de outubro de 2018




diário dos vivos [fragmento]

I.

a primeira vez que morri foi um fiasco. era pra ser morte de respeito, com obituário e pompa, com velório, viúvas, carpideiras e credores. sempre almejei alguma seriedade na minha vida – e por isso resolvi que morreria. decidi de véspera: amanhã morro. dormi um sono solene, daqueles em que a gente vai antevendo honrarias e comoção. no dia seguinte nem café da manhã tomei, só um copo de leite gelado: queria estar leve. os de casa estranharam de início, mas logo depois deram de ombros. se o velho quer fazer regime, deixa ele. olharam na folhinha para ver se era segunda-feira. não era. ano novo tinha passado já faz tempo. deixa ele. fui ao quintal, acendi um cigarro e sentei embaixo da mangueira. seria ali, estava decidido...

Para ler o restante, adquira o livro Diário dos vivos e outros escritos, publicado pela Editora Penalux, set. 2019, no site a seguir:

https://www.editorapenalux.com.br/loja/contos/diario-dos-vivos-e-outros-escritos



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