diário dos vivos [fragmento]
X.
a voz da cantora dizia que o desconforto anda solto no mundo
e o corte é profundo bem lá no fundo da sua alma. no exato momento em que
creuza aparecia na porta do escritório para me trazer um café. não fecha nunca.
perguntei o quê. o corte, ela respondeu. fiz um café fresco. deixou a xícara
sobre a mesa. antes de se retirar, ainda na porta, disse que músicas assim a
faziam pensar nos acasos da vida. os de casa não gostavam muito quando creuza
se dedicava a conversas comigo. diziam que eu colocava ideias estranhas em sua
cabeça. idiotas! nem se davam conta de que era o contrário. tio, vou à cidade
fazer umas compras. quer vir junto? não. vamos! andar um pouco na cidade vai te
fazer bem. e sempre podem acontecer coisas inesperadas. tentei antever o que de
inesperado poderia acontecer numa cidade pequena que eu conhecia há mais de
cinquenta anos. lembrei dos acasos da vida de que creuza falou. tá bom. vamos a
pé? claro que não, tio. vamos na caminhonete, muita coisa pra trazer.
Para ler o restante, adquira o livro Diário dos vivos e outros escritos, publicado pela Editora Penalux, set. 2019, no site a seguir:
https://www.editorapenalux.com.br/loja/contos/diario-dos-vivos-e-outros-escritos
Para ler o restante, adquira o livro Diário dos vivos e outros escritos, publicado pela Editora Penalux, set. 2019, no site a seguir:
https://www.editorapenalux.com.br/loja/contos/diario-dos-vivos-e-outros-escritos
Nenhum comentário:
Postar um comentário